Amnésia
Era uma vez, era uma era, era uma história, era, já era,
mas quem eras tu, quem tu eras?
Era uma rua, era coisa tua, era alma nua, corpo e mente. Era, isolada quimera, fera ferida, ou nada... Podia ser nada, ou tudo, mas era algo ou alguém, ainda não sabia quem, mas pouco depois saberia.
Era da noite, era do dia, do bairro, da esquina, às vezes era.
Mas quem dera ser era de coragem, era de imagem, era de autoestima, era de fala, sem fome, com nome, com rima...
Era uma cena, era um poema não lido, toque sem sino, era, só era... Um sonho elegante, fino!!!!
Mas, se o que era, não tem mais sentido, que sentido tem uma era?
Tudo é fato, faz parte, é fato, história, é fato, memória ou relato, é parte da essência da vida... é fato. É era de transformação.
O tempo, que conta tudo, não deixa perdido o que nos importa. É porta que está sempre aberta, a não ser que encontre amnésia por aí ou deseje seguir sem sentido.
Assim, quem era ainda é, às vezes lembra quem foi, às vezes esquece quem é. São tempos distintos, é tempo destino, é tempo, é era, quem eras tu, quem tu eras?
Se esqueceu? se perdeu no tempo, ou precisou refletir, e chegou a entender que melhor lembrar bem depois consentir, enxergar com outros olhos, ouvir com um sentido, um que dá mais sentido, sentir? Se quer ter amnésia... melhor não insistir.
Era uma era, mas era bom repartir, compartilhar, sentir.
Se hoje amnésia, resolveu competir... Foi uma era, mas, é preciso lembrar, é preciso seguir.
Era uma era. Quem eras tu, quem tu eras?
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