Cala-te
Cala-te vento vazio
vento assovio,
vil, muro, rio,
de lágrimas caras,
de risos de larvas,
adentrando sobre as vísceras da empafia,
matracando as imundices que a boca cuspiu,
rastejando a beira do rio de lágrimas vermelhas,
advindo da veia, cheirando vala, valia.
Na via, se alia, aos vícios da cólera gana,
rasgando o verbo e o verso se faz entre os modos e medos,
buscando refúgio ao léu, esperando da terra, quem sabe do céu,
surgir a moral da revolta, que carregas em fúria à desordem que impera no alheio,
buscando quem sabe a ausência do outro por medo,
relação monstro, que vem do profano, fio de linha, pano...
Fundo, fim do mundo, esse vazio, frio, calculista,
preenche sua lista de espúria catástrofe do ser, outro ser...
Não você, você não.
Como pode encontrar redenção,
se o que tens é só rastro de infâmia,
rasteja em tua vala, tua lama de inveja, ò lacaio!
Soberba,
beba o veneno, lambuza, abusa,
escorre ao lado dos beiços bizarros.
Cala-te vento vazio,
vento assovio, vil, esgoto correndo pro rio,
inundas a límpida integridade, dos seus oponentes;
não sentes?
Cala-te cala-te cala... boca de línguas e línguas,
línguas de metros crescentes, obscura aura, mente,
protozoário inconsequente, serpente,
jogando chocalhos, venenos, fuligem de tostados vermes, expostos.
cala-te boca caçapa, cala-te... cala!
Comentários
Postar um comentário